segunda-feira, 6 de abril de 2015

Sujeito passivo

Que motivos tive eu para levantar-me cedo, neste meu último dia de férias, senão para fazer ginástica, dançar, escrever no blogue? Ná.  Levantei-me e fui tirar senha à repartição de finanças. Sujeitei-me, passivamente, ao minguar do meu (parco) património. E pela 2.ª vez num só ano. Ano fiscal, entenda-se.  Lá voaram mais uns euros para os cofre do estado que imagino atafulhados com as coimas, multas e outros esquemas de roubo directo. Como? Pela omissão. Basta as ovelhas se distraírem com as datas para pagar coisas que se apresentam mediante siglas: IUC, IMI, IRS, IRC, etc. Na minha opinião, as Finanças querem substituir a NOSSA agenda pela Agenda Fiscal. Ou, por outra, reorganizar o nosso calendário segundo as datas das tosquias ao nosso pêlo. Mais: o Estado olha para nós, não como gente, mas como entes coisificados. Objectos dispensadores de lucro. Entretanto, pelo nosso olhar de sujeitos passivos, que passivamente se deixam tosquiar pela força do medo, nem só se vive para pagar, como também se paga para viver. No dia em que uma sopradela para aligeirar o stress gerar uma coima, logo ficaremos a saber que a inspiração foi demasiado profunda e que o símbolo do oxigénio saltou da Tabela Periódica para a lista de siglas da Autoridade Tributária. 
Palavra de Encantadora!

2 comentários:

  1. Post divertido e sem graça nenhuma. Porque realmente algo se passa nesta nova perspetiva que o Estado começa a ter dos seus cidadãos.

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  2. http://henricartoon.pt/o-papa-bolos-904559

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